Nasce um presente em mim!
Angustiado presente novo.
Morre um passado em mim!
Deslindado em canto, outro.
Oculto solstício lírico,
És fúnebre!
Acalantas a alma na madrugada...
Solilóquio tornado silêncio!
Aterradora estrela da manhã...
Quanto bálsamo! Quanto amor!
Surpreendes o pavor tirânico de meu
rosto
Colores a pétala mais singela e seca
Tornas a terra algo de eterno, algo
de caminho.
Quero a poesia ingênua das crianças
Quero o ocaso triste dos profetas
Quero a beleza íntima do choro
A teia, o rasgo, o grito
A solidão tétrica dos mortais
As flores nascidas do sangue
Viva em mim, primavera do amanhã!
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