Ergui o olhar ao céu em prantos
Mas as íris nada me revelavam.
Eram lumes brancos, os meus
Da cor do tempo
Subitamente a se deter.
O ciclo se interrompeu,
Como em uma época em que nada dura?
Eram meus olhos que parqueavam no
vazio
Ou era o choro a me dilatar sobre os
dias?
Imoto e sereno, pacífico
A angústia havia cessado
Ainda que em meio ao embaraço
Da busca intrépida por alguns
irmãos...
Ah, cansaço que me eleva!
Já não é a hora de um pronto afago?
Nunca me chegará o som daquele rumor
perdido
Daquela carícia remota
Os mais recônditos frutos de um
gesto de amor?
Não sentirei meu coração repleto
Ou me sentarei ao lado dos bons
Num puro ato de ternura?
A ternura demasiada,
Vasta
Profunda
Flor cantante que o tempo não pode
calar jamais?
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