Tantos amores ainda a nascer
Tantas amadas e tantos amantes
Tantos amando, tantos a amar num
futuro que não tardará
Tantas doses e anestesias contra os
amores
Tantas dores e amnésias
Tantos cultos e desgostos
Tantos absurdos exaltados numa
exortação aos apaixonados
Tantos frenesis e tantos
contrassensos
Tantas calmarias e decepções
Tantos furores no coração do poeta
Tantas belezas à flor da pele do
esteta
E o ecletismo mudo do estatístico
vence ainda as euforias
Como se manter de pé diante da
indiferença?
Como não se fez equânime o primeiro
astronauta
Ao ver tudo de longe,
As coisas tanto feitas quanto não
feitas,
O mesmo aqui e acolá
Tanto faz por tanto fez
E a terra girando, possuída por
manequins e vagarosos?
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